A explanação, por filósofos e escolas, que fizera Diógenes Laércio, foi a que primeiro condicionou a forma histórica adotada pelo material da história universal da filosofia; no século XVII, a de Stanley, a de Jacques Thomasius e a de Pierre Bayle, no século XVIII a de Brucker. Tennemann, associa o estudo pessoal das fontes com a crítica que se inspira na filosofia de Kant. O tratamento verdadeiramente científico da matéria desponta quando ao método literário criado pela filosofia alemã se combina a ordenação das diversas manifestações 'literárias', dentro do artifício de um desenvolvimento ascensional, tarefa que a filosofia alemã havia adotado pouco a pouco, a partir de Herder. A compreensão filosófica com base na ideia de desenvolvimento foi obtida pela primeira vez por G. W. F. Hegel. Contudo, Hegel desdenhou a base rigorosa dos métodos filológicos e estabeleceu entre os sistemas uma conexão evolutiva deficiente, porque se socorreu de relações lógicas inteiramente abstratas. A geração que se seguiu a Schleiermacher e a Hegel empregou os métodos filológicos para chegar ao conhecimento efetivo do nexo evolutivo. A concepção histórico-universal que estas lições desenvolvem pode ser caracterizada de modo resumido pelas seguintes indicações - o seu ângulo visual é o de uma filosofia empírica que almeja captar, sem prejuízo, os fatos da experiência interna e histórica, defendendo os frutos do seu estudo perante o mundo exterior. Por isso, estas lições partem da total conexão estrutural que está contida em cada homem e que deixa a sua realidade nas épocas históricas; é sobre esta base que buscam compreender os sistemas.