"A história dos Candomblés do Rio de Janeiro nos leva ao tempo da construção de uma das mais belas metrópoles do mundo, com a ajuda dos africanos, que também enriqueceram a religiosidade do Brasil com o encanto das divindades africanas.
Entre tantas etnias que chegaram à cidade maravilhosa, a marcante presença cultural dos bantus e a chegada dos afrodescendentes jejes e yorubás são aqui descritas com ricos esclarecimentos e reveladoras ilustrações.
Bem fundamentado, José Beniste retrata a região portuária do Rio e todo o bairro da Saúde, ressaltando seu importante valor histórico e patrimonial para a instalação dos primeiros Candomblés da cidade, e presta homenagens a Tia Ciata e a muitas doceiras de rua famosas como: Benta de Ogum, Agripina de Xangô, Teodora de Yemanjá e Ìyá Cotinha.
A partir de um cronograma, organizado após colher em seu programa de rádio depoimentos sobre os primeiros Terreiros e Axés instalados no Rio de Janeiro, Beniste divulga relatos e destaca as biografias de Cipriano Abedé, João Alágbà, Bámgbósé Obítíkò, Vicente Bánkólé, João Lesengue e chega a um dos mais importantes capítulos da história dos Candomblés do Rio, o célebre João Alves Torres Filho, conhecido como Joãozinho da Goméia. Além de escrever toda a trajetória religiosa de Pai João, Beniste evidencia os talentos artísticos do Sacerdote, que na época era muito admirado por suas apresentações de dança no Cassino da Urca.
Beniste ainda faz referências e presta homenagens a muitos ícones já falecidos como Paulo da Pavuna, Zezinho da Boa viagem e Mãe Beata de Yemanjá.
A história dos Candomblés do Rio de Janeiro é um majestoso patrimônio cultural para o Rio de Janeiro e para as religiões de origem africana, em especial o Candomblé.
- Paulo Guerreiro de Oxalá"