Se os genocídios precederam, de longuíssima data, o aparecimento do próprio termo, criado por Raphael Lemkin, em 1945, também não cessaram com ele, nem mesmo quando a Convenção da ONU, de 12 de Janeiro de 1951, os pôs no Index. Do hipogeu de Roaix, testemunho do primeiro massacre conhecido, dois milénios antes da nossa era, às vítimas de uma ex-Jugoslávia, hoje exangue, a História nunca deixou de exumar os seus ossários - como o de Katyn - ou as suas monstruosidades - como as cometidas durante a guerra que o exército imperial japonês levou à China. E, quantas vezes, com reticências. Os autores desta obra ergueram um panorama dos massacres, seja temporal, seja espacialmente, tentando salientar os dados cifrados mais realistas e analisar os seus diferentes rostos. Um livro fascinante e imprescindível para se entender melhor o homem, já que a sua face negra é a que permanece mais imutável e universal.