HOMEM CHAMADO MERLIN, UM

Sacerdote da Igreja Constituída, sob ordens do Soberano Pontífice, Eusébio Sofrónio Hyerónimo, filho das terras de Strídon, inicia seu trabalho de tradução do texto bíblico. A ordem expressa, vinda do Pontificado, decretava que ele acrescentasse, substituísse, inventasse e corrigisse algumas informações contidas nos antigos livros, a fim de tornar a Igreja sempre e sempre enaltecida. Terminada grande parte do serviço, faltando apenas a transcrição do Livro das Revelações, Jerônimo encontra parte de um manuscrito e, ao lê-la, todas as angústias e aflições, geradas pelo engodo a que dera letra, transbordam e tripudiam sobre sua consciência. Guiado pela firme intenção de encontrar o autor daquelas escrituras, e de conhecer mais amiúde a verdade que seu espírito admitia, ele deixa a Abadia e inicia sua busca. No percurso, acompanha um bando athigggano e esse convívio assevera a impressão profana de seu trabalho. Um crime é cometido contra o bando cigano, e o revide, coloca aquela gente em fuga. Convocada a Kris, conselho que se incumbiria de julgar o destino daquele povo, Jerônimo se vê diante de Leghan, um homem chamado Merlin, autor do manuscrito que conta detalhes dos enganos cometidos na tradução pelo pontificado, e das consequências de tais enganos.