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Sinopse
Em Húmus, referência à matéria orgânica feita de decomposição, que Brandão evoca como fim e recomeço de toda a vida sobre o planeta, o formato é de diário e o cenário é uma vila modorrenta habitada por figuras ancestrais e quase estáticas, absorvidas por rotinas banais. “Seres e coisas criam o mesmo bolor, como uma vegetação criptogâmica, nascida ao acaso num sítio úmido”, constata um narrador atormentado pelo absurdo à sua volta. Seu interlocutor é uma figura enigmática e provocadora, o Gabiru, que às vezes se sobrepõe ao próprio “eu” do autor. Outros personagens fantasmagóricos surgem e desaparecem até que uma ideia, a rigor inconcebível, começa a tomar vulto: a supressão da morte.
Para muitos críticos, Brandão representa, com Húmus, um dos alicerces inaugurais do modernismo português, ao lado de nomes mais conhecidos, como os poetas Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros, integrantes do grupo ligado à revista Orpheu.
O projeto gráfico
Com projeto gráfico de Mayumi Okuyama, inspirado nas manchas e porosidades das casas da vila, o livro reproduz desenhos da artista Maria Laet, nas capas e guardas do volume, que acentuam as referências geológicas e orgânicas do texto de Raul Brandão.
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9788569002314 |
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Pré venda | Não |
Biografia do autor | Raul Germano Brandão nasceu na Foz do Douro, localidade da cidade do Porto, filho e neto de pescadores. Seguiu carreira militar, embora tenha se mantido restrito às atividades burocráticas do Exército, o que permitiu que se dedicasse paralelamente ao jornalismo, nas funções de repórter e cronista. Quando se aposentou, aos 45 anos, tornando-se exclusivamente escritor, morava em uma quinta nos arredores da cidade de Guimarães. Até os 63 anos, quando morreu em Lisboa, produziu intensamente como memorialista, romancista, autor de ficção histórica, ensaísta e dramaturgo. Por sua instigante permanência, Brandão mereceu reconhecimento de boa parte dos grandes autores portugueses que vieram depois. José Saramago, Almeida Faria, José Cardoso Pires e Herberto Helder, assim como a angolana Djaimila Pereira de Almeida, reverenciam sua influência. Helder, no centenário de Brandão (1967), preparou um livro inteiro que é um poema também chamado Húmus. A atualidade do autor foi atestada ainda pelo último longa-metragem de Manoel de Oliveira (2012), adaptação da peça teatral O gebo e a sombra. |
Ilustrador para link | LAET MARIA |
Peso | 430g |
Autor para link | BRANDAO RAUL |
Livro disponível - pronta entrega | Não |
Dimensões | 19 x 13.5 x 2.6 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 312 |
Número da edição | EDIÇÃO - 2017 |
Código Interno | 829206 |
Código de barras | 9788569002314 |
Acabamento | CAPA DURA |
Autor | BRANDAO, RAUL |
Editora | CARAMBAIA ** |
Sob encomenda | Sim |
Ilustrador | LAET, MARIA |