O escopo primordial do livro é o resgate do estilo literário décimas do cancioneiro ibero-português do século XVI, muito utilizado por grandes poetas como Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda e Camões, sendo elas largamente difundidas e declamadas no litoral de Santa Catarina por descendentes portugueses alvo igual teve o livro anterior do autor, canoas ventos e mares. Como tal estilo referido está voltando à voga em terras lusitanas, aqui, Laerte o adota e procura contar a história e histórias de nossa cidade e outros casos e causos utilizando essa vertente poética. Constam, em versos nessa obra, a história da fundação da ilha e a faina na pesca de tainha, baseadas em textos escritos por Virgílio Várzea, grande escritor local. A obra traz ainda, dados dos antigos bares, carnavais, clubes, figuras humanas ilustres que marcaram épocas em Florianópolis; exaltação à tradição e ao folclore desse povo, recintos, monumentos, praças e logradouros, bem como, canto, encanto e desencantos, tendo por tema o vento sul que encrespa os mares das nossas baías e praias, para eriçar vegetações e cabeleiras, e levantar saias que desavisadamente desfilem na calmaria a ser surpreendidas pelo Sudunga. Há ainda, poemas líricos, além de sonetos de amor e temas diversos muitos, homenageando esta ilha de idílios.