Tem a obra o propósito de mostrar a ideia de pertencimento dos imigrantes brasileiros em relação à sociedade paraguaia, focando questões como identidade cultural e nacional e hibridismo cultural, a fim de perceber as diferenças entre uma geração e outra no que tange aos limites e possibilidades da inter-relação social de cada geração com a sociedade receptora, além de mostrar ao leitor como essas famílias de imigrantes foram estabelecendo e/ ou construindo os espaços de convivência e inter-relação social, construída ao longo dos anos.Inter-relações estas resultantes do contato com a vizinhança, formando comunidades articuladas de convivência e múltiplas sociabilidades. O destaque se dá ao fato de que à medida que essas comunidades cresceram, passaram a ter a participação da sociedade paraguaia, o que estabeleceu e estreitou novos laços de sociabilidade interétnica ao longo de algumas décadas.A intenção é mostrar ao leitor que no ambiente das sociabilidades a aproximação interétnica vem ocorrendo de forma gradativa, fato implícito na medida em que se observa, entre outras coisas, o casamento interétnico.Enfim, dar visibilidade à realidade social experienciada pelos descendentes de imigrantes brasileiros no Paraguai, que consideram como sua terra natal e cuja identidade lhes é própria, com suas representações e dilemas em seu contexto de inserção social.Registraram-se informações que demonstram o cotidiano dos primeiros tempos da imigração, com a formação de suas propriedades, ressaltando o convívio sóciocultural com a sociedade paraguaia. Os espaços estudados mostraram-se privilegiados para a análise das interações, adaptações, conflitos, ideologias e a pluralidade cultural como elemento de identidade e síntese, mas também as transformações no campo da cultura imaterial. Evidenciam-se, no cotidiano, características da construção e reconstrução de identidades e alteridades, neste entrecruzamento de culturas. É uma história criada e recriada neste novo espaço de convivência.