O povo brasileiro é formado por uma mistura de várias etnias e disso vem a sua grande diversidade, beleza e riqueza e, muitas vezes, essa origem é esquecida e observamos situações de xenofobia, racismo e diversos tipos de preconceitos e discriminação.Já vivemos um período em que no mundo não havia exigências de passaportes e vistos e a movimentação de pessoas era estimulada para que houvesse o equilíbrio demográfico, mas a partir do momento em que houve necessidade de as nações buscarem as suas identidades, nos perdemos e geramos a exclusão e os estereótipos causados pelos muros e barreiras físicas e imaginárias. Além dessas barreiras, a criação e estabelecimentos de documentos específicos como passaportes e vistos levaram à valorização de alguns países e desvalorização de outros, ou seja, para alguns cidadãos, a circulação pelo mundo acaba sendo restrita e, para outros, mais amplas.Sabemos que é a partir da discriminação que direitos sociais básicos (saúde, educação e assistência social) já estabelecidos não são oferecidos a quem é devido e essa tem sido a luta das representações e entidades que apoiam a causa do Refúgio e Migração, na busca de políticas públicas que garantam os direitos já estabelecidos. Nesse quesito, a autora estabelece uma ampla reflexão a respeito da importância de uma educação realmente inclusiva, assim como uma saúde com garantias já instituídas, a exemplo do modelo implementado em 1988 pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, cujos princípios são norteados pela universalização, equidade, integralidade, descentralização e participação popular. Diante desse contexto e levando-se em consideração a universalização, por exemplo, é possível notar que todos devem ser atendidos, livres de qualquer discriminação e com amplo acesso, fatos esses que a autora discorre com profundidade e maestria.