Ao entrar nas páginas deste livro o leitor se espantará com a maneira como a América Latina é vista e tratada pelos EUA. Não é nunca um tratamento entre iguais, a cultura dali não aceita isso, perde votos quem tratar país da área como igual. A região é também vista pelos norte-americanos de forma monolítica, o que ocorre num país seria igual para qualquer outro. Não adianta o Brasil achar que pelo seu tamanho físico e populacional e por uma economia mais diversificada que seria visto ali diferente de outro país da região. O comportamento e as ações das pessoas da região seriam iguais na mente do norte-americano. Este livro conta a história do relacionamento dos EUA com a América Latina. Antes, porém, de contar a história das duas bandas da América, o livro trabalha com alguns fatores e teorias dos EUA, que levam aquele país numa crença com os vizinhos mais ao sul do continente. Impressiona, o que se escreveu ali sobre isso. Aceita-se nos EUA que fatores com a religião, a raça, o clima, e a herança ibero-católica, teriam gerado o espírito não democrático e não capitalista da América Latina. Ali o vizinho não é olhado como igual. Olham também a área como monolítica, o comportamento seria igual em todos os países. Em determinados momentos da história veem como uma criança ou um símbolo feminino e também é negra ou mestiça. Acreditam que a região por causa da sua história, aceita governos autoritários, e que os EUA poderiam levar progresso, democracia ou civilizar toda a área. Há em momentos diferentes, formulações teóricas ou intelectuais nos EUA, baseadas nas crenças históricas que têm da América Latina, para justificar a atuação do governo dali com os povos abaixo do Rio Grande. Certo ou errado, também a mídia e o cinema atuam de acordo com essa visão histórica. A história aqui contada é baseada em escritos e autores daquele país. A intenção foi justamente buscar o que se escreve nos EUA sobre esse relacionamento.