A História da Filosofia é, para Hegel, coincidente com a história do desenvolvimento do pensamento, mas este desenvolvimento é necessário, como força irresistível que se manifesta lentamente através dos filósofos, que são instrumentos de sua manifestação. Assim, se preocupa apenas em definir os sistemas, sem discutir as peculiaridades e opiniões dos diferentes filósofos. Na determinação do sistema, o que o preocupa é a categoria fundamental que determina o todo do sistema, e o assinalamento das diferentes etapas, bem como as vinculações destas etapas que conduzem à síntese do espírito absoluto.Para compreender o sistema hegeliano é necessário começar por uma representação, que ainda não sendo totalmente exata permite, ao ler sua obra, a seleção de afirmações e preenchimento do sistema abstrato até, por um salto dialético, alcançar a transformação da representação numa noção clara e exata.Assim, temos a passagem da representação abstrata, para o conceito claro e concreto através do acúmulo de determinações.Há um detalhamento desse processo na Enciclopédia em três etapas fundamentais: Lógica, Filosofia da Natureza, Filosofia do Espírito. Enquanto a idéia lógica possui como princípio específico o ser em si, simples, imediato, em a Natureza este princípio é a exterioridade da idéia.Mesmo assim, a Natureza exterior é também, como o espírito, um ser racional e divino, uma representação da Ideia. Sendo que a idéia aparece em a Natureza apenas no elemento da exterioridade da interioridade absoluta que constitui a essência do espírito e é exterior a si mesma. Sabemos que o ser pertencente à Natureza está no tempo e no espaço, que em a Natureza cada ser é justaposto a outro e que os seres em a Natureza são exteriores uns aos outros até o infinito.SUMÁRIO: Prólogo; Introdução; Noção da História da Filosofia; A relação da História da Filosofia com os outros produtos do espírito; Divisão geral da História da Filosofia; Fontes Bibliográficas da História da Filosofia; Suplemento;