Como a Inveja mudou a história do mundo "Quem nunca pecou que atire a primeira pedra”, já disse Jesus lá na Bíblia. Mas, dependendo da intenção de quem jogasse, também seria considerado um pecador. Se lançasse a pedra com raiva, com certeza teria agido com Ira. Se sentisse prazer com o ato, cairia na Luxúria. Se a pedrada fosse por causa de uma dívida, seria um gesto de Cobiça. Se a razão fosse ficar com os bens da vítima, seria Inveja. Se o motivo fosse aparecer perante os outros, olha aí a Vaidade. Se precisasse beber para tomar coragem, cometeria a Gula. E até quem não conseguisse atirar, por ter se atrasado ao apedrejamento, mesmo assim pecaria por ter cedido à Preguiça. Ela está por trás do Holocausto e da morte de Sócrates, da criação da Capela Sistina, das teorias de Freud e da obra dos Beatles. Saiba como a Inveja transformou a humanidade. Evitar os sete pecados capitais não é uma tarefa das mais fáceis. Ainda mais a Inveja. Esse pecado foi responsável por uma série de tragédias: do assassinato de Sócrates na Grécia Antiga à ascensão dos nazistas na Alemanha. Neste livro, você vai ver que não existe só podridão no reino da Inveja. Sim, porque ela serviu de combustível para realizações ímpares, como o melhor da pintura renascentista às fenomenais músicas de John Lennon e Paul McCartney. E, de quebra, ajudou a formar o caráter brasileiro. Pois é. Se o pecado mora ao lado, às vezes pode ser bom que seja o da Inveja. Sobre o autor: Alexandre Carvalho é jornalista, colaborador das revistas Superinteressante e Vida Simples. Foi editor da publicação Os 101 Melhores Filmes da História do Cinema (Editora Abril), criador da revista de cinema Paisà e colunista da revista Criativa. Também edita o blog de cultura NOITADASP.