A Invenção da Surdez II dá continuidade a um primeiro livro, também organizado por Adriana da Silva Thoma e Maura Corcini Lopes e editado pela EDUNISC. Aqui, um registro sobre esse título. A palavra invenção aponta para uma perspectiva que, ao invésde compreender a surdez como um problema, uma patologia, uma falta ou uma incapacidade, a compreende como uma invenção cultural. Ao entender a surdez como uma questão cultural, essas autoras não assumem uma perspectiva patologizante para pensar sobre as pessoas que não ouvem. A não-patologização da surdez torna possível detectar e compreender, de modo muito mais refinado, os intricados, intensos e constantes processos de subjetivação em funcionamento nas pedagogias escolares e nas pedagogias culturais. Todos aqueles que pensam a Educação como um processo cultural sabem bem a importância de tudo isso. E mais: os numerosos registros empíricos e as minuciosas discussões sobre a surdez que as autoras desenvolvem garantem que este livro enriquecerá a bibliografia nacional no campo em que os Estudos Surdos articulam-se com os Estudos Culturais e com a Educação.