Com a eleição de Fernando Lugo como presidente do Paraguai, a usina de Itaipu volta à manchete dos jornais.Lugo apresentou, em seus planos de campanha, duas questões bastante fortes: a primeira é rever o Tratado de Itaipu, firmado há 35 anos; e a segunda é a reforma agrária, na qual propõe a desapropriação de parte das terras ocupadas pelos brasiguaios, agricultores brasileiros que escolheram viver no Paraguai. Tem para isso o apoio dos presidentes Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa e, até certo ponto, dos chamados movimentos sociais do Brasil, como o MST; ou seja a nova esquerda da América Latina.Justifica esse movimento algo novo, a "defesa do princípio da soberania nacional e popular sobre os recursos naturais".O Brasil concorda em conversar sobre o assunto, até porque o Paraguai emerge de um longo período ditatorial, embora o considere uma tentativa de politizar a questão, colocando em suspeita um acordo legítimo.Muitos não conhecem esse acordo, dado o tempo decorrido desde sua assinatura; mostrar, portanto como Brasil e Paraguai chegaram a ele e narrar dados e fatos, alguns verdadeiramente épicos, sobre a construção desse que é o maior bloco produtor de energia do planeta, são os propósitos desta obra.