'Caos, tumulto e destruição na sua vida...' Foi assim que a cartomante decretou o futuro de Ivy Ames depois que ela perdeu um emprego milionário e foi traída pelo marido. Conseqüentemente, perdeu também sua elevada posição social. O que não é nada fácil, muito menos em Manhattan. No romance 'Ivy, virando a mesa', Karen Quinn prova, com muito bom humor e ironia, que é possível sim, mudar a previsão de um futuro aparentemente sem esperança e glamour. Quando se vê obrigada a abrir mão do seu luxuoso e ilusório padrão de vida, Ivy agarra-se em sua sacola vazia da Barney's, a loja mais badalada da cidade, como se fosse uma bóia de salvação e vai à luta pela sobrevivência. Tendo que ser criativa para ganhar dinheiro e sustentar suas duas filhas e cachorro acostumado a personal trainer, Ivy descobre seu potencial, explora sua inteligência e charme e usa, sem escrúpulos, de todo o tipo de artimanhas e chantagens em sua nova profissão, colocar filhos de milionários nas disputadíssimas escolas de jardim-de-infância particulares de Nova York. O novo trabalho a coloca frente a frente com a hipocrisia, ambição e diferenças sociais. Ivy conhece diversos tipos humanos e mete-se em situações absurdas a cada capítulo do livro. Mesmo usando de artifícios pouco honestos, Ivy é uma anti-heroína que consegue a simpatia e solidariedade do leitor. Em sua busca desenfreada por luxo e riqueza, ainda existe bastante humanidade dentro dela e o caminho percorrido por Ivy é de transformação e descoberta, retratado de maneira extremamente engraçada.