Passei estes dois dias inteiros arquivando cartas velhas, retirando-as de velhos envelopes, juntando as páginas com clipes, colocando-as de lado... centenas de velhas cartas do Allen, do Burroughs, do Cassady, que poderiam fazer você chorar com os entusiasmos dos jovens... como nos tornamos lúgubres. E a fama mata tudo. Um dia, “As cartas de Allen Ginsberg para Jack Kerouac” vão fazer a América chorar. - Jack Kerouac, numa carta para Lawrence Ferlinghetti, 25 de maio de 1961 “‘Jack Kerouac e Allen Ginsberg: as cartas’ registra não apenas a ascensão de um movimento literário ainda controverso, mas também tudo o que ficou em seu rastro: as ansiedades, pretensões e intimidades destes dois ícones.” - The New York Observer “Ao ler estas cartas, dá para sentir ambos os escritores empurrando um ao outro em direção a energias de transcendência cada vez maiores.”- Los Angeles Times Durante 25 anos, Jack Kerouac e Allen Ginsberg mantiveram acesa a chama de uma amizade singular, intelectualmente sólida e sentimentalmente profunda, que teve reflexos decisivos não apenas na obra dos dois escritores, mas na própria gênese do movimento literário de que foram os maiores expoentes – a geração beat. Organizada pelos editores Bill Morgan e David Stanford, a troca de correspondências (dois terços das quais são publicados pela primeira vez) começa em 1944, com ambos ainda jovens, concebendo uma visão única de mundo e de sua própria arte, e termina em 1969, pouco antes da morte de Kerouac, aos 47 anos. Dos relatos de viagens, festas, encontros, isolamentos e escritos, surge um retrato sem precedentes das mentes dos dois autores que lideraram o movimento artístico definidor de toda uma geração – e que segue ainda hoje influenciando autores e artistas não apenas nos Estados Unidos, mas ao redor do mundo.