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Sinopse
São diálogos entre 42 convidados e convidadas, professoras e professores, artistas, pesquisadores e pesquisadoras, curadoras e curadores, mestras e mestres de saberes tradicionais e estudantes, muitos deles com interlocuções intelectuais e artísticas de muitos anos: Leda Maria Martins e Marcio Abreu; Cabelo e Gabriela Gusmão; André Lepecki e José Fernando Azevedo; Carla Guagliardi e Keyna Eleison; Tania Rivera e Vladimir Safatle; Danielle Almeida e Max Jorge Hinderer Cruz; Francisco Mallmann e Miro Spinelli; Luiz Rufino e Thiago Florencio; Grace Passô e Ricardo Aleixo; Carmen Luz e Silvia Soter; Arto Lindsay e Barbara Browning; Amilcar Packer e Negro Leo; Jaciara Augusto Martim e Valéria Macedo; Enrique Diaz e Mariana Lima; Luiz Camillo Osorio e Patrick Pessoa, além de uma roda de conversa entre os 12 integrantes do Núcleo Experimental de Performance (NEP), da UFRJ, encerrando a série com o diálogo entre as duas organizadoras sobre o projeto e seus efeitos.
Seguindo um programa perfomativo, as conversas aconteciam às quartas-feiras, sempre às 17 horas – “no meio do meio da semana, na hora do lusco-fusco, enquanto o sol se põe e as luzes das telas acendem as casas”. Embora transmitidos pelo YouTube, os encontros não ficavam disponíveis na plataforma: como se fossem, eles mesmos, performances, tinham um caráter de efêmero, como um acontecimento que só pode ser pensado a partir da relação e no encontro – com suas especificidades e materialidades. Agora transcritos, esses diálogos transcendem o período em que se realizaram e apontam para o futuro. Assim como aconteceu durante quase quatro meses de transmissões ao vivo, Janelas Abertas, o livro, instiga, encanta, acolhe e provoca.
Trechos:
“Eu fico pensando como que teatro e poesia são um encontro maravilhoso. Se nós pensarmos, particularmente, nas várias matrizes performáticas pelo mundo, desde as mais longínquas, representacionais, a palavra vinha como canto sempre. Até muito recentemente, até o século XIX, a poesia integrava literalmente a dramaturgia. A poesia sempre existiu, antes dela se manifestar na escrita, como oralitura, como performance. Ela nasce também como uma dádiva, como uma oferenda para o outro. Para ela se realizar, ela precisa do outro, então a poesia nasce performaticamente, ela é performance.” (Leda Maria Martins)
“[...] há um núcleo necropolítico do Estado brasileiro que passou absolutamente incólume; ele foi herdado da ditadura e prossegue até hoje. As estruturas de violência quanto às classes desfavorecidas do Brasil não mudaram uma linha. A própria noção de democracia, no Brasil, é geograficamente situada porque, fora das áreas nas quais a classe média vive, não há nada parecido ao que se possa chamar de estado de direito, com suas garantias institucionais e individuais. A polícia entra na casa das pessoas chutando a porta, sem mandado e isso é um procedimento normal. Sabemos muito bem disso. É fantástico, do ponto de vista psicanalítico, que sempre o tenhamos sabido e, no entanto, agimos como se não soubéssemos. Eu diria que esse talvez seja o primeiro passo nos colocarmos em outra posição, o de nos colocarmos a pergunta: por que nós nunca quisemos saber? Ou seja, em que sistema de solidariedade nos posicionamos em relação a esta situação?” (Vladimir Safatle)
“Para nós, indígenas Guarani, a saúde vem primeiro na dimensão espiritual. O bem-estar, a convivência na comunidade, isso traz muita paz de espírito, muita alegria e isso também é um dos ensinamentos mais lindos que a cultura guarani tem. [...] Saúde é mais do que a ausência de doença. Saúde é estar bem, ser feliz. Acho que esse é um dos ensinamentos muito importantes que os xeramõi, mais velhos, têm para passar para a gente.” (Jaciara Augusto Martins)
Sobre as organizadoras
Eleonora Fabião é performer e teórica da performance. Realiza ações, exposições, palestras, leciona e publica nacional e internacionalmente. Performa em contextos diversos — galerias, teatros, bienais, festivais e, sobretudo, nas ruas. Coisas que precisam ser feitas (Performa Biennial, Nova York 2015) é o título de um trabalho e, também, um modo de referir-se à prática. Professora do Curso de Direção Teatral e do Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena da
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9786556910963 |
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Subtítulo | CONVERSAS SOBRE ARTE, POLÍTICA E VIDA |
Pré venda | Não |
Organizador para link | SCHNEIDER ADRIANA,FABIÃO ELEONORA |
Biografia do autor | Eleonora Fabião é performer e teórica da performance. Realiza ações, exposições, palestras, leciona e publica nacional e internacionalmente. Performa em contextos diversos — galerias, teatros, bienais, festivais e, sobretudo, nas ruas. Coisas que precisam ser feitas (Performa Biennial, Nova York 2015) é o título de um trabalho e, também, um modo de referir-se à prática. Professora do Curso de Direção Teatral e do Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ). Possui doutorado e mestrado em Estudos da Performance pela New York University (NYU) e mestrado em História Social da Cultura pela PUC-Rio. Realizou pós-doutorado na NYU. Em 2015, publicou AÇÕES/ACTIONS com o apoio do Programa Rumos Itaú Cultural e em 2021 |
Peso | 375g |
Autor para link | LEPECKI ANDRE,SCHNEIDER ADRIANA,PACKER AMILCAR,LUZ CARMEN,ALMEIDA DANIELLE |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 21 x 14 x 1.7 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 336 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2023 |
Código Interno | 1035112 |
Código de barras | 9786556910963 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | LEPECKI, ANDRE | SCHNEIDER, ADRIANA | PACKER, AMILCAR | LUZ, CARMEN | ALMEIDA, DANIELLE |
Editora | COBOGO* |
Sob encomenda | Não |
Organizador | SCHNEIDER, ADRIANA | FABIÃO, ELEONORA |