Acuso a FIFA de irregularidades na eleição do melhor treinador do mundo'. José Mourinho A nossa sociedade está cheia de demónios e alguns desses demónios podem ser encontrados no futebol. Sepp Blatter (Presidente da FIFA). Em março de 2009, a pouco menos de um ano da decisão de quem organizaria o Campeonato do Mundo de Futebol de 2018, o presidente da FIFA piscou o olho à Inglaterra ao garantir que era um candidato bastante sólido. Não é pois de estranhar as caras de desilusão dos ingleses, quando ouviram da boca do mesmo Sepp Blatter que o vencedor era a Rússia. Afinal quais são as qualidades para organizar um mundial? Estádios, bons hotéis, acessos, segurança, capacidade de organização… ou simplesmente dinheiro? Mourinho garantiu, sem grandes explicações, que não ia estar presente na gala da Bola de Ouro da FIFA 2012 em Zurique, onde era forte candidato a receber o título de melhor treinador do mundo. A explicação veio depois à RTP e como sempre envolta em polémica: Quando me ligaram mais de duas ou três pessoas a dizer “eu votei em ti e o voto foi para outro”, decidi não ir. Acuso a FIFA de irregularidades na eleição do melhor treinador do mundo. Houve falta de transparência. O ex-jogador brasileiro e campeão do Mundo Romário, aquando dos protestos no Brasil contra os elevados gastos na organização do Mundial de Futebol de 2014, deixou um vídeo na Internet com uma mensagem clara que dizia tudo: A FIFA chega, monta o circo, não gasta nada e leva tudo. A FIFA é não só dona do Mundial, mas também do país anfitrião, durante o período da competição, graças às garantias governamentais que exige. No mundo do futebol há jogadas que se fazem sem bola. Jogadas ilegais onde os ingredientes principais são a intriga, subornos, compra de votos, venda ilegal de bilhetes, dirigentes e políticas internas racistas, discriminação, amizades com governantes violadores dos direitos humanos, suspeitas de tráfico de droga e armas. Tudo sob a égide do fairplay e do amor pelo jogo. É des