"Um pique-esconde assustador espera Jake e sua irmã caçula Hannah em 'Jogo mortal'. Provando que o gênero continua em alta e que uma história de terror bem contada é capaz de prender a atenção até do mais relutante leitor, o inglês Tony Bradman criou uma trama capaz de causar arrepios em parceria com o ilustrador Martin Chatterton. No enredo, elementos sobrenaturais dividem espaço com problemas familiares para lá de cotidianos, e o medo anda de mãos dadas com sentimentos como amor, raiva, culpae arrependimento. Aliás, se Hannah soubesse o que aconteceria quando ela desejou que seu amigo imaginário, James, tomasse o lugar de seu irmão, Jake, a menina certamente não teria feito este pedido enquanto tocava na pedra central do santuário sagrado que a família foi visitar. Que arrependimento! Jake, por sua vez, também se arrepende de suas grosserias com a irmã mais nova, e percebe que a sua infelicidade em relação aos pais não passa de ciúme e insegurança. Mas até descobrir isso, ele se torna vítima de um "jogo mortal", e o que era para ser uma dia agradável e divertido se torna um verdadeiro pesadelo. Ao ver seu desejo tornado realidade, a pequena Hannah descobre que James, seu fiel amigo imaginário, não é tão legal quanto ela pensava. Pelo contrário, uma criatura amarga e violenta capaz de coisas horríveis. Como se livrar deste perigoso inimigo, que agora se tornara real? Com ritmo acelerado e diálogos afiados, o livro surpreende o leitor do início ao fim. Entretenimento com algumas doses de reflexão para os jovens leitores, que certamente se reconhecem na eterna questão da disputa entre irmãos. E você, trocaria seu irmão por um amigo imaginário? Antes de responder, leia 'Jogo mortal'.