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    Sinopse

    Alguns pensadores se exaltam com a ideia de colocar por terra – por completo – os valores que já estão bem estabelecidos. Assim, afirmam com prazer que o homem mais subversivo de todos – o marquês de Sade – é também o que melhor serviu a humanidade. Segundo eles, nada pode ser mais correto. Trememos diante da ideia da morte e da dor (sejam elas nossas ou dos outros); o trágico ou o imundo nos aperta o coração; no entanto, o objeto de nosso terror tem, para nós, o mesmo valor que o sol, que não é menos glorioso se desviamos da sua claridade nossos olhares reprovadores.

    Georges Bataille

     

    Foucault observou, em vá­ri­as ocasiões, que Justine está para a modernidade como Dom Quixote para o barroco. Ao ler as relações entre o mundo e a linguagem à maneira do século XVI, isto é, pelo viés da semelhança, Quixote vê castelos nas estalagens e damas nas campo­ne­sas. Aprisiona-se, incons­cientemente, no mundo da pura representação; mas, como essa representação só tem por lei a similitude, a equação reveste a forma irrisória do delírio, tornando o herói uma simples personagem de um livro que não leu e cujo destino lhe é imposto, na galhofa, pelos outros. Em Justine assistimos ao momento de declínio desse mesmo movimento. Não se trata mais do triunfo irônico da representação sobre a semelhança, mas da violência do desejo, quebrando os limites da representação. Justine é um libelo contra os philosophes. Não defende nem o livre exame nem a liberdade de costumes, mas a servidão da razão aos desejos, ou seja, ao poder. Ao elaborar uma teoria da libertinagem, Sade é consciente de que os homens não são livres mas dependem do desejo (de um desejo). Como tal, o marquês tende uma ponte com a linha devassa e quebrada de Goya, graças à qual descobre-se o vazio do irrisório. Por isso, certamente, Lacan via, em Sade, o complemento de Kant. Aí onde o filósofo mandava abstrair o corpo e tomar o outro sempre como meio e nunca como fim, o moralista, pelo contrário, escolhia o outro sempre como objeto e jamais como fim altruísta. Talvez nessa crítica da Estética, como ciência universal do belo, se insinue uma reivindicação da Poética, como livre domínio da linguagem e dos afetos, uma questão absolutamente contemporânea.


    Raul Antelo

    Ficha Técnica

    Especificações

    ISBN9788573214543
    Tradutor para link
    SubtítuloOU OS TORMENTOS DA VIRTUDE
    Pré vendaNão
    Biografia do autorDonatien Alphonse François de Sade, o Marquês de Sade, foi um aristocrata francês e escritor libertino. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava na Prisão da Bastilha, encarcerado diversas vezes, inclusive por Napoleão Bonaparte.
    Peso158g
    Autor para link
    Livro disponível - pronta entregaSim
    Dimensões23 x 21 x 4
    IdiomaPortuguês
    Tipo itemLivro Nacional
    Número de páginas256
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2019
    Código Interno861943
    Código de barras9788573214543
    AcabamentoBROCHURA
    AutorDE SADE, MARQUÊS
    EditoraILUMINURAS
    Sob encomendaNão
    TradutorVIEIRA, MARCELA | DE OLIVEIRA, EDUARDO JORGE

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