LAURA, A MENINA QUE SONHAVA COM BATATAS

Você já ouviu de alguém que seus sonhos são simples demais? Ou quem sabe, você ainda nem tenha parado para pensar sobre sonhos para o futuro? Quer seja um ou outro, as expectativas ao redor parecem grandiosas, os obstáculos gigantescos, e você se vê desafiado a provar que consegue, mas o ambiente familiar parece ser o freio que te impede de viver o que o mundo inteiro espera a seu respeito.

Impedido por contextos e conceitos, aquilo que deveria ser seu alicerce parece frágil demais para suportar o edifício de seus sonhos e projetos, e a cobiça por algo mais está logo ali, diariamente, ao passar pela porta de casa, ou olhar pela janela. Rejeitando o lar e conquistando o mundo. O fluxo das coisas girando ao redor daquela suposta fragilidade estão cada vez mais rápidas, e os sonhos se tornam como arranha-céus inalcançáveis. Não há espaço para o lar.

Mas é ao cheiro daquilo que traz à memória algo semelhante à felicidade simples e tranquila da inocência e desprendimento da infância, sem as preocupações decorrentes das grandes ambições inflamadas, que percebe-se então o real significado de realização e alegria.

Eis aí o paradoxo incompreensível aos de fora, é dos simples e humildes as riquezas que não cessam. Como criança, experimente sonhar com batatas também.