Ao final do século XVIII, a química ainda estava impregnada pela alquimia medieval, e a maioria dos estudiosos acreditava que o flogístico fosse um dos responsáveis pela combustão. Foi então que o francês Antoine Lavoisier libertou a química de seu invólucro fantasmagórico, criando uma linguagem científica para denominar os compostos e elementos químicos e substituindo o conceito de flogístico pelo de ar atmosférico, feito de oxigênio e outros gases.
Em Lavoisier no Ano Um, Madison Smartt Bell acompanha a carreira do renomado cientista para traçar a história da química desde os seus primórdios, culminando na "corrida" entre Lavoisier e seus contemporâneos para identificar os processos da combustão.
O autor põe as descobertas de Lavoisier no contexto da Revolução Francesa - seu principal tratado químico foi publicado pouco antes da queda da Bastilha, em 1789. E descreve como, ao mesmo tempo em que disputava a "paternidade" e a aceitação de suas teorias, Lavoisier se envolvia com a arrecadação de tributos do governo de Luís XVI, atividade que acabou lhe custando a cabeça durante o Terror jacobino.
"Smartt Bell mostra sua habilidade narrativa e versatilidade ao narrar de forma atraente como Lavoisier abriu caminho para a química moderna - e perdeu a própria vida na Revolução Francesa." - Roald Hoffmann, Prêmio Nobel de química, poeta e escritor