Artista e intelectual, Lia D Castro (Martinópolis, São Paulo, Brasil, 1978) investiga como as relações de raça, classe, gênero e sexualidade se dão em situações de intimidade e vulnerabilidade. A artista utiliza prostituição como ferramenta de pesquisa e desenvolve sua poética a partir de encontros com seus clientes — homens cisgêneros, em sua maioria brancos, heterossexuais, de classes média e alta. Castro dialoga com seus clientes a fim de subverter dinâmicas de poder ou ameaças de violência que poderiam surgir nesses encontros, aliando história de vida e história social. Temas como masculinidade e branquitude, mas também cuidado e responsabilidade, são abordados nessas ocasiões e resultam em pinturas, gravuras, desenhos, fotografias e instalações que contam com a colaboração ativa desses rapazes. Lia D Castro: em todo e nenhum lugar acompanha a primeira exposição monográfica da artista em um museu brasileiro e conta com ensaios comissionados e reproduções de trabalhos que abrangem toda a sua carreira.
As an artist and an intellectual, Lia D Castro (Martinópolis, São Paulo, Brazil, 1978) investigates the ways in which sexuality, race, class, and gender are enacted in scenes of intimacy and vulnerability. Using sex work as a research tool, her poetics emerge from encounters with her clients, who are cisgender men, mostly white, straight, and upper-class. In order to subvert the power dynamic or the possible threat of violence Castro engages them in discussions about topics such as masculinity , whiteness, care, and responsibility. Weaving personal and social histories from these dialogues and produced in collaboration with the men themselves, paintings, engravings, drawings, photographs, and installations are the result of these chance encounters. Lia D Castro: Everywhere and Nowhere includes commissioned essays and reproductions of Castro’s works created throughout her career in the artist’s first solo exhibition at a museum.