LINGUAGEM, ARTE E EDUCAÇÃO ÉTICO-ESTÉTICA EM PERSPECTIVA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA

“[...] o encontro com a obra é, ao fundo, um encontro da pessoa consigo mesma; pois desafiado pela arte enquanto pergunta, o sujeito tem de questionar a si mesmo quanto as suas próprias convicções, orientações normativas e seus preconceitos. Assim, o sujeito detecta possibilidades de seu ser e agir antes não enxergadas. Sua abertura ao outro é, ao fundo, autorreflexão e, no processo educativo, autoeducação do aluno. É nesta experiência prática que ele reconhece a chance de ser diferente: É o estranho que nos demove, nos puxa, desconcerta. Isso quer dizer que é com o outros que nos transformamos (MRJ). Uma outridade ou alteridade, que pode ser encontrada tanto num texto quanto numa pessoa e (sic!) numa obra de arte. A função do reconhecimento torna-se, portanto, uma categoria ética e, diga-se de passagem, também o elo que liga o ensino da arte à ideia da escola republicana”. Professor doutor Hans-Georg Flickinger, Universidade de Kassel (Excerto do parecer da Banca de Defesa de Tese, 2015)