O livro trata da ocorrência da logospirataria na Amazônia e seus predatórios impactos na região. O que se entende por logospirataria? Quais os impactos resultantes da logospirataria na Amazônia brasileira, considerando a biodiversidade e as populações tradicionais? São as questões que a obra tenta responder. Para tanto, examinou-se as ocorrências de logospirataria na Amazônia em diferentes épocas, desde a colonização, seja em obras acadêmicas seja em registros de personagens representativos de seu tempo, em relatos e narrativas validadas pela historiografia regional. Assomado a isso, pesquisaram-se registros e dados do tempo atual, presentes em trabalhos antropológicos, sociológicos, jurídicos e institucionais sobre a região, além de convenções jurídicas acerca da Amazônia. O diálogo multidisciplinar foi relevante recurso epistemológico para tratar a logospirataria na Amazônia. A logospirataria constitui-se em processos sociais, econômicos, políticos e culturais globais, enraizados historicamente no mundo ocidental, que sofrem metamorfoses e se reinventam, manifestando-se na violação de direitos fundamentais, sobretudo por via da exploração irregular do trabalho (relações vulneráveis de trabalho e análogas à de escravo) e da apropriação indevida (saque, espoliação, pirataria) de recursos ambientais (bens naturais e patrimônio genético) e de saberes (conhecimentos tradicionais), os quais desestruturam o Logos (valores, concepções e crenças essenciais) de povos, de comunidades e de culturas. O livro expõe, ao final, as contribuições da pesquisa e propõe medidas de prevenção e enfrentamento à logospirataria.