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Sinopse
Ele entendia a revolução em um sentido mais amplo, como uma progressão permanente, a qual deveria constantemente revolucionar a si mesma. A tarefa do romance romântico consistia em unificar todos os elementos dessa revolução, ampliando-a, através de sua constituição complexa e autorreflexiva, de um modo duradouro no futuro.
De certa forma, Lucinde é um dos documentos mais significativos da modernidade estética e filosófica. Mas é também o documento de um desenvolvimento revolucionário da relação entre os gêneros, e da convivência e reflexão comuns entre espíritos livres.
Mesmo antes de seu romance, Schlegel já se encontrava entre os primeiros defensores da igualdade intelectual entre mulheres e homens, os quais reivindicavam, ao mesmo tempo, novas formas de comunhão entre eles. O que Lucinderepresenta artisticamente, e coloca em discussão de uma forma poética, que foi hostilizada e muitas vezes contestada pelos contemporâneos, é a experiência vivida em Iena na residência comunitária dos irmãos Friedrich e August Wilhelm, Dorothea, Caroline e outros.
Assim, repensar a história, a cultura, a poesia e a filosofia da mulher significava não apenas deduzir uma conclusão ética a partir do princípio iluminista da igualdade de todos os seres humanos, mas possuir uma atitude subversiva em relação ao conhecimento estabelecido no seu todo.
A desestabilização das relações através da ruptura com as supostas oposições entre os sexos era programática: Lucinde pertence a uma série de tentativas, por parte de Schlegel, de colocar sistematicamente em questão uma forma de pensamento que se orientava de acordo com as dicotomias tradicionais.
Se não é mais simplesmente possível relacionar a mulher ao âmbito da natureza, e o homem ao âmbito do espírito, talvez seja porque a própria dicotomia entre natureza e espírito é falsa, e que, possivelmente, a natureza seja tão espiritual, quanto o espírito natural. Em um sentido empático e romântico, talvez a arte fosse o lugar no qual dicotomias como natureza e espírito, mulher e homem devessem ser suprimidas, com vista à sua convivência comum, preservando aberto o conceito de ser humano.
Até hoje esse pensamento não perdeu nada de sua força explosiva e revolucionária.
CHRISTIAN BENNE
Professor de Literatura Europeia e História das Ideias na Universidade de Copenhague e Presidente da Friedrich Schlegel-Gesellschaft
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9788573216158 |
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Pré venda | Não |
Biografia do autor | Seu pai, Johann Adolf Schlegel (1721-1793), era pastor luterano. Sua mãe, Johanna Christiane Erdmuthe Hübsch (1735-1811), era filha de um professor de matemática. Friedrich tinha nove irmãos, sete homens e duas mulheres. Na família havia um ambiente artística e intelectualmente aberto. Em 1796, Friedrich Schlegel estabeleceu-se, com o irmão mais velho, August Wilhelm Schlegel, em Jena. Na casa dos irmãos, reuniam-se escritores, poetas e filósofos que deram origem ao romantismo alemão, como Goethe, Tieck e Schiller, com quem F. Schlegel rompeu espetacularmente. Foi influenciado pela filosofia de Fichte. Em 1798 tornou-se companheiro (casado só em 1804) de Dorothea Veit (1763-1839), filha do filósofo judeu Moses Mendelssohn, cujo gosto literário o fortaleceu nas convicções românticas. |
Peso | 2g |
Autor para link | SCHLEGEL FRIEDRICH,DE MEDEIROS CONSTANTINO LUZ |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 14 x 21 x 2 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 132 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2020 |
Código Interno | 891253 |
Código de barras | 9788573216158 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | SCHLEGEL, FRIEDRICH | DE MEDEIROS, CONSTANTINO LUZ |
Editora | ILUMINURAS |
Sob encomenda | Não |