Este livro tornou-se uma parcela da História do Maranhão e do Brasil que, desgraçadamente, não é relatada aos jovens, no falido esquema educacional, devido a haver, naquela época, espírito de Luta pela Soberania do país. A História de hoje é a Política de ontem. E a Política de hoje é a História de amanhã. É bom lembrar que as grandes mudanças numa sociedade, acontecem quando uma ou duas pessoas conscientes agem. Contar com a espontaneidade das massas ou outras noções românticas do gênero, é pura ilusão. As massas, de fato, muito podem contribuir, mas, não o farão por conta própria. Há tempos - "Exige-se que os pobres continuem pobres, e para tanto é preciso apalermá-los e confundi-los para impedir que compreendam a origem dos seus problemas." (Alayón.) Assim estará garantido a pseudodemocracia e a eleição dos mesmos e semelhantes, através da subordinação aos tais "programas sociais"..., meras esmolas que corrompem e escravizam. É o paternalismo. Ausência de cidadania - qualidade de cidadão. "Ficaram doentes porque eram pobres; como adoeceram tornaram-se mais pobres. E segue o ritmo da doença e da morte com a pobreza de entremeio." (Gunnar Myrdal, filósifo e economista sueco.) É a dominação. Ninguém doente e (ou) faminto pode lutar pela cidadania. Afirmar que a pobreza cresce é, para a elite de Maquiavel, um simples acacianismo. Mais obsceno, que os filmes pornográficos, revistas de mulheres nuas, etc. , é a realidade da pobreza que atinge mais de oitenta milhões de brasileiros. Mais violento do que o estupro é a miséria! E que tem solução. "Não há Serviço Social possível, com os setores populares sem respostas concretas às brutais carências que os afetam." E Alayón é argentino, e parece até que está descrevendo o Brasil. Por isto é que o nosso Che Guevara (médico e revolucionário) disse, momentos antes de ser assassinado e ter a mão decepada, que tinha todas as nacionalidades.