Os doze poemas que compo~em este livro sa~o certamente o mais pro´ximo que chegaremos da intimidade de Walt Whitman. Perto de completar quarenta anos, e logo apo´s a publicac¸a~o da revoluciona´ria primeira edic¸a~o de Leaves of Grass, em 1855, Whitman comec¸ou a trabalhar em um novo grupo de poemas, em um caderno feito a` ma~o. As folhas foram arrancadas e o caderno deixado de lado. Esses poemas apareceriam posteriormente na edic¸a~o de 1860, que acresceria dezenas de novos poemas para a obra, mas com mudanc¸as significativas em sua ordem e conteu´do. Esta edic¸a~o de 1860 foi a primeira a trazer o bloco Calamus, contendo o material mais homoero´tico da caneta de Whitman. Nesse volume tambe´m foi inaugurado uma definic¸a~o que o poeta usaria para descrever o amor entre dois homens, baseando-se em um termo oriundo da frenologia: adhesiviness, traduzido neste livro como adesividade. Descoberto pelo pesquisador Fredson Bowers, em 1953, esses rascunhos revelam as primeiras reflexo~es de Whitman sobre o amor e atrac¸a~o que ele sentia por outros homens. A adesividade vivida pelo poeta que escoava para os versos de Calamus e´ a raiz de Madeira viva, com musgo.