MAGMA

"Vulcão. Uma presença para tantos povos, porém uma fantasia para brasileiros. Ouvimos as histórias, mas pouco as contamos. Não temos, só alguns poucos têm. Pois a inóspita presença de um vulcão é o ponto de partida da escrita de Fernanda Mendonça. Nos contos que compõem ""Magma"", a autora dá contornos a uma natureza que nos é desconhecida. Fica do outro lado do mundo, em países como a Mongólia, por exemplo. Sentimentos e emoções suscitados por magma, montanha, pedra, escalada, rio, terra deixam a coadjuvação para assumir protagonismo em textos de uma ambiência poética sem adornos. Fernanda é direta e, portanto, desafiadora. O primeiro desafio imposto é nos tirar do calor verdejante das florestas tropicais e das beiras de praia e nos levar para os recônditos gelados da Ásia. Não é choque cultural, no entanto; é choque literário. ""Magma""é um convite à contemplação daquilo que é inédito aos olhos. Essa leitura faz meditar. É quase como se o livro disse: “preste mais atenção aos detalhes”. "