"Antes de mais nada: leite, só de mãe. Todo animal mamífero mama no peito até poder alimentar-se sozinho, mas é no peito de sua própria mãe. As histórias de Rômulo e Remo, amamentados por uma loba, e de Tarzan, criado por uma macaca, e de Mowgli, criado também por uma loba, são meras exceções que confirmam a regra: leite, só de mãe. Leite é sangue que deixa de correr pelo umbigo e sai pelo bico do seio. Até do masculino, afirmam as Amigas do Peito, se for bem sugado: a glândula desperta. As mães-de-leite que o digam, se é que ainda existem, criando no peito o filho dos outros - que passava a ser seu, com seu sangue circulando pelas veias. E na boca a criança começa a aprender. Tem que puxar, tem que querer, às vezes chora de tão difícil que é no comecinho. Para a mãe às vezes também é difícil, encontrar a melhor posição às vezes leva uns dias, às vezes cansa. Mas sempre acabam se ajeitando. Da boca do neném o leite desce para o estômago, de lá para os intestinos, ativando no corpinho tudo aquilo que está pronto a funcionar. Devagar, devagarinho, deixando o tempo passar..."