Manairama é uma cidade do Seridó Potiguar. Quando do surgimento do lugar, um padre, durante uma missa, o amaldiçoa. É nele que Luís Medeiros e muitos outros procuram sobreviver. Cada personagem típico de uma pequena cidade do interior do Nordeste Brasileiro é caracterizado na obra. As constantes secas que incidem sobre a terrinha fazem com que tudo seja bem mais difícil. Não bastasse isso, as tramoias e os conchavos políticos dominam praticamente tudo. Mesmo assim os moradores lutam pela subsistência com certo humor, arte, fé e esperança. Os que não encontram meio de vida, partem para outros centros, com o imenso desejo de voltar qualquer dia, pois “o Nordestino é um umbuzeiro das águas do rio”. A terra de Manairama também é lugar de muita fartura, que se transforma com a chegada das chuvas. Benedito Cavalo (ou Acelera) – lenda viva regional - aparece constantemente na cidade, com o apetite insaciável. Alguns aspectos específicos do Seridó também são abordados de forma nunca antes elencada, enriquecidos por magníficas ilustrações. Infelizmente, muita violência devidamente acobertada pela mão boba da política e muitos preconceitos ainda existem no local. Seriam Manairama e o sertão Semiárido Nordestino locais amaldiçoados para se viver? Luís Medeiros e todos os outros vencerão?