Houve uma mudança importante na indústria do entretenimento. Uma transformação que não foi acidental, nem ocorreu da noite para o dia. Foi o resultado de um processo deliberado e coordenado que vem se desenrolando há décadas. — Paulo Figueiredo, no prefácio
Por que não nos é mais possível assistir a um filme de super-heróis sem sairmos com a sensação de que ouvimos uma palestra de ciências sociais? Quando começou essa mania de subverter as características essenciais de um personagem querido pelo público até que ele se transformasse em nada mais do que um porta-bandeira de uma causa qualquer? Quem foi que conseguiu operar esse sequestro de personagens tão aparentemente fortes e incorruptíveis?
Não foi um movimento simples e nem rápido. Estamos diante dos resultados de um processo de recondicionamento do imaginário cujas operações remontam a séculos passados, a origens que escapam da maioria de nós, que só queríamos continuar acompanhando nossos heróis favoritos em suas batalhas pelo bem.
Como isso aconteceu, de onde surgiu a ideia — e, o principal, quem são os responsáveis por isso: são essas informações que esse livro dá aos leitores. Ele foi pensado e estruturado para trazer à luz os mecanismos obscuros desse processo e contar como a ideologia woke dominou o audiovisual e fez de Hollywood uma agência de militância.