MANUSCRITOS SEM JUIZO

Não é nem autobiográfico. São textos poéticos sobre milagres e não milagres do meu cotidiano. Depoimentos de sonora relevância emotiva sobre o que vivi, vi, participei, ouvi. O Manuscritos é um simplório resumo da vida de um jornalista e poeta vivendo momentos histórico e apaixonados na maior metrópole do Brasil. É possível ler este volume quase como um livro de horas. Não, evidentemente, na sua acepção medieval, litúrgica, mas na acepção que lhe deu, por exemplo, Emily Dickinson, a senhorita reclusa do século XIX. Este livro contém 60 excertos, quase verbetes. Pensei em correlacionar o número pela magia dos aniversários. Não dá. Ele tem um pouquinho mais que isso. Seriam, então, 60 anos desde que pela primeira vez ele verificou que amava? Sei lá. Sei que li, algures, essa conversinha doce de Fernando: “No dia da poesia, homenageio o meu parceiro poeta: o meu pintassilgo.