MAO ZEDONG E A REVOLUÇÃO CHINESA

A distância geográfica, as diferenças culturais e o idioma são filtros consideráveis que a população brasileira muitas vezes enfrenta para acessar informações e reflexões sobre o mundo chinês, sejam estas atinentes ao passado ou ao presente. 
Mao Zedong e a revolução chinesa: métodos de direção e desafios da transição ao socialismo
 procura contribuir com a superação desta lacuna, em virtude dos 70 anos da Revolução Comunista Chinesa.


Esta coletânea traz textos de Mao Zedong – ou Mao Tsé-Tung – já conhecidos, em novas traduções, sendo algumas realizadas direto do mandarim, e outros publicados pela primeira vez no Brasil, disponibilizando aos leitores reflexões fundamentais do principal dirigente da revolução chinesa sobre a complexidade da representação política em diversos momentos do processo revolucionário e o papel da base popular – que na prática é quem concretiza os princípios e linhas políticas – nessa construção. Tais reflexões vão na contramão dos cultos a personalidades que retiram figuras importantes de seu indissociável contexto histórico.

Tendo como foco principal os métodos de direção e os desafios da transição ao socialismo, os textos aqui selecionados expressam algumas das principais preocupações de Mao Zedong, como: a importância do trabalho empírico, ou seja, do conhecimento prático da realidade; a ênfase na luta ideológica, com a eliminação dos hábitos e expressões culturais da sociedade feudal, combatidos com formação e propaganda política; e, evidentemente, o papel revolucionário do campesinato; como fazer a análise correta da realidade, a prática da crítica e autocrítica, a capacidade de retificação dos erros e o vínculo com as massas; e a confiança e o estímulo no poder criativo das massas no exercício do poder. Este livro é um grande aporte para todos aqueles  que tentam compreender o importante papel da China no mundo hoje. Além disso, traz contribuições fundamentais para a reflexão sobre as experiências revolucionárias dos trabalhadores não apenas em uma perspectiva histórica, mas também com relação aos princípios e valores necessários de uma prática política para a construção de uma nova sociedade livre da exploração.