Uma máscara, um espelho, um frasco de perfume. É com esses elementos que Susan Smith dá início à mais ambiciosa de suas novelas. Tudo muda na vida de uma personagem anônima quando, num desafio lançado a si mesma, decide ocultar-se atrás da máscara ridente do título e atirar-se a uma jornada de sonho, delírio, luxúria e sedução. Só as prostitutas são felizes?, pensa. São as únicas que podem entregar o corpo e preservar a alma. O que aconteceria se uma esposa sexualmente frustrada assumisse a fantasia de uma caçadora disposta a enfrentar os perigos e armadilhas do prazer? É o desejo de responder a essa pergunta que leva a personagem a um mergulho no submundo de seu próprio eu, onde o passado vem à tona de repente, e o futuro, cheio de sombras e desilusões, descortina-se numa sucessão de acontecimentos inesperados. Será que precisamos abandonar a nossa identidade para descobrir quem realmente somos? Eis a questão que Susan Smith propõe com A máscara ridente, narrativa em que o sexo, mais do que um fim, é apenas o princípio de transformações cujas consequências serão drásticas... e irreversíveis.