Trata-se de mosaicos ou arabescos barrocos-mestiços em movimento, descentrados, inacabados e descontínuos, para os quais os sistemas lógicos-cognitivos da ciência moderna e seus corolários tecnológicos, baseados em unidades totalizantes e no crescimento contínuo, não fornecem conceitos compreensíveis. Os treze trabalhos aqui alinhados podem ser dividA primeira seção investiga processos (montagens, mosaicos, sintaxes barroco-mestiças), a partir, preferencialmente, do "interior" das mídias, sem jamais deixar de levar em conta o ambiente "externo" que as invade e as tece. Enfatiza, portanto, questões de tradução dentro de uma ou mais linguagens, levando em conta os procedimentos de construção fornecidos pelas nossas sociedades. Marlúcia Mendes da Rocha examina as relações entre ficção seriada e folhetim televisual; Gicelma Chacaroschi Torchi aprofunda a vinculação entre barroco e erotismo ao comparar a filmografia de Joel Pizzini e a poética de Manoel de Barros; Rodrigo Stéfani Correa afina as idas e vindas entre comunicação publicitária e ambiente mercadológico/empresarial; Denise Lourenço arrola os procedimentos construtivos mestiços e barroquizantes do chamado Fanzine; Sonia Maria Lanza aproxima, em ação e reação, melodrama, estrutura folhetinesca e notícia jornalística; Paulo Morgado Rodrigues trata das confluências entre poesia e crônica na América Latina.