Diálogo em forma de relato que Sergio Britto fez ao sobrinho Paulo Brito, entre abril e maio de 2011. O ator Sergio Britto exercita sua memória, numa conversa com seu sobrinho Paulo Brito. O texto relembra momentos de vida do ator desde a adolescência, os estudos de medicina, a casa da família em Vila Isabel e resgata muitos momentos da memória do teatro brasileiro na medida em que menciona movimentos e grupos importantes das artes cênicas, além de artistas importantes como Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi e Natália Timberg. As lembranças muitas vezes se confundem com sua luta pela vida, numa busca intensa para manter presente a lucidez e alguma esperança. Muitas vezes é o ator quem fala, trazendo todo o universo de suas personagens interpretadas. Em outras vezes é o homem, que busca por meio da reflexão um caminho, uma direção para o momento dramático em que se encontra. Sua derradeira obra criativa, como um ritual de despedida. Ator, diretor e produtor, Sergio Britto foi um dos fundadores do Teatro dos Sete nos anos 1950, participou ativamente de importantes realizações cênicas dos anos 1960 e 1970. Nos anos 1980, foi um dos sócios do Teatro dos Quatro e, nos 1990, realizou uma série de espetáculos musicados à frente do Teatro Delfim.