Eu o conheci numa corrida de Uber. Ele ia para o trabalho e ali começou uma amizade que fez dele um irmão. Aos poucos, ele se aproximou de minha esposa Raquel e viu nascer a maior dádiva que Deus colocou em minha vida, minha filha Julia. Praticamente da Família! Se tornou um tio postiço de minha pequena e sempre me incentivou em minha caminhada. Além de amizade, tenho grande admiração pela forma como trata as pessoas, sempre respeitoso e bem quisto por todos. Fiquei muito feliz que ele tenha me escolhido para prefaciar o livro em que fala da pandemia. No início, foi bem difícil para ele ficar em casa, já que era um ser humano do mundo. Com o tempo foi se encontrando, se redescobrindo, nova coluna na revista... nas colagens... Conversamos sobre vários assuntos, mas o que acho mais incrível no Bayard é o quanto se preocupa com os seus. Às vezes fazemos passeios para que ele possa fotografar. Belíssimas fotos por sinal... Como faz bem a ele retratar tudo o que vê com um olhar de muita generosidade e apreço por todos. O novo livro chega com um olhar mais amplo da vida. Mais leve, mais equilibrado... O Bayard já escreveu mais de 35 livros, e este traz um momento difícil pelo qual ele passou, mas com uma força hercúlea conseguiu se levantar, voltar a sorrir, a brincar e a cantar como um garoto, apesar de sua idade. Ele tem uma juventude eterna dentro dele. Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2020 Thiago Oliveira