— Nascido em Porto Alegre em 11 de janeiro de 1939, Carlos Nejar estreou com Sélesis
(poesia), editado em 1960, e hoje tem mais de 100 livros publicados, alguns traduzidos
em várias línguas. Poeta, romancista, contista e crítico, além de ter escrito 12 peças
teatrais, recebeu dezenas de prêmios literários, entre os quais se destacam o Prêmio
Machado de Assis, da Biblioteca Nacional, pelo romance Riopampa, e o Jorge de Lima,
da União Brasileira de Escritores, por Os viventes (poesia). Graduado em Ciências
Jurídicas e Sociais pela PUC-RS, ocupa a cadeira nº 4 da ABL desde 1988, e é membro
também da Academia Brasileira de Filosofia e da Academia das Ciências de Lisboa.
Muitas vezes lembrado para o Nobel de Literatura, ele “soube conciliar os prazeres do
verso e o gosto da prosa”, como afirma Deonísio da Silva na apresentação deste belo
livro, mas “tem sido principalmente poeta ao longo da vida. E poeta sempre filosofa”.
Para Raul de Taunay, essa autobiografia difere “de suas congêneres pelo fato de seu
autor ser um fabulista, cujo mistério da criação se mistura ao de sua singular história.
Além da forte carga poética, suas memórias constituem um documento essencial à
compreensão da extensa e original obra que ele construiu, e também da cultura brasileira
de seu tempo”.