As pessoas nunca estiveram tão estressadas, estão sempre correndo e, mesmo assim, parece que falta tempo para tudo. Muitos passaram a trabalhar mais, a acordar bem mais cedo, a se alimentar cada vez mais rápido e, apesar disso, parece que o dia tem cada vez horas a menos. Milhões de pessoas estão fadigadas e esse esgotamento pode conduzir à síndrome de burnout, que é um estado crônico do estresse relacionado com o trabalho. Além disso, o estresse excessivo também pode dar origem a uma das doenças mais perniciosas da atualidade: a depressão, ponto central deste livro, que aborda algumas características da doença e indica meios de superação. Hoje em dia, milhões de pessoas têm sido vítimas de depressão: professores ou estudantes, donas de casa ou aposentados, obreiros do setor privado ou público, empresários ou profissionais liberais. Principalmente nas grandes metrópoles, a vida social e o mercado de trabalho tornaram-se pontos convergentes de transtornos mentais e comportamentais, levando-nos a refletir sobre a sociedade e seus atuais problemas. Em 2017, o número de brasileiros afastados pelo instituto nacional do seguro social (inss) por estresse e depressão aumentou expressivamente em relação aos anos anteriores, ou seja, nenhum conjunto de doenças apontou crescimento tão exacerbado no número de pedidos de auxílio-doença. Na próxima década, conforme a organização mundial da saúde, o incidente sobrepujará as demais doenças. A ciência estão se multiplicando, mesmo assim o ser humano tem enfrentado crises emocionais e acompanhado inerte o enfraquecimento da ética, da moral, dos bons costumes e da família, a base da sociedade. A implicação é um mundo vítima da depressão. Em alguns países ricos, há mais suicídios do que homicídios. Pesquisas demonstram que, no mundo, mais de três bilhões de pessoas desenvolverão algum transtorno psiquiátrico, como ansiedade, anorexia, bulimia, síndrome de burnout, síndrome do pânico, depressão etc.