Um rito de passagem. A primeira menstruação marca a vida de uma menina de forma inexorável. Como todas as primeiras vezes, guarda um certo mistério, uma incerteza permeada de encantamento, de possibilidades. Algumas vezes, um quê de medo e de alheamento. Mas é sempre uma história a ser lembrada. A jovem Rachel Kauder Nalebuff percebeu, no entanto, que mais que lembrados, esses momentos deviam ser partilhados. Em Meu livrinho vermelho, ela reúne histórias sobre menarca, coletadas de mulheres de todas as idades ao redor do mundo. Mulheres de diferentes gerações e culturas, de simples desconhecidas até as que se tornaram ícones, como Meg Cabot, Erica Jong, Judy Blume e Diablo Cody. Com sensibilidade, Rachel cataloga suas reações ao mais revelador dos sinais da feminilidade: as contribuições vão desde as histórias mais divertidas às mais desesperadoras. Aqui estão registradas experiências levemente constrangedoras, como a da própria Rachel, que estava usando um maiô amarelo em seu “grande dia”, enquanto fazia ski aquático. E outras traumáticas — mas não por isso menos emocionantes — como a da menina que ficou menstruada pela primeira vez estando prestes a ser revistada por oficiais nazistas. Meu livrinho vermelho traz cem histórias que têm um objetivo comum: trazer a menstruação para a luz. Para o círculo dos discursos socialmente aceitáveis. E abre um canal de comunicação para que, esquecendo da vergonha, todas mostrem o orgulho de ser mulher. Em um mundo onde Os monólogos da vagina fazem sentido e onde Juno ganhou um Oscar, transformar esse acontecimento tão marcante em um tabu lhes parece tão desconfortável quanto a própria menstruação.