Pode um libertino encontrar o amor verdadeiro? Pode um sedutor incorrigível redimir-se? Oscar V. Milosz responde a estas perguntas, apresentando um drama imortal, baseado na personagem histórica que inspirou o mito de Don Juan. Miguel Mañara é uma personagem histórica de meados do século XVII que viveu em Sevilha. É o verdadeiro Don Juan espanhol que inspirou todos os personagens inventados posteriormente. O protagonista dessa obra, através de diversos encontros, acaba reconhecendo o Amor que cumpre seu próprio desejo de amar. “De uma beleza nova, de uma dor nova, de um novo bem que sacie depressa para saborear melhor o vinho do novo mal, de uma nova vida, de um sem fim de novas vidas, é disto que tenho necessidade, senhores: simplesmente disto, e de nada mais. Ah! como preencher este abismo da vida? Que posso fazer?”. Milosz descreve como o Grande Amor está dentro do amor. Mañara reconhece-se amado até em seu erro cometido, até no mais profundo, e isto desperta nele uma forma de amar que ele nunca havia experimentado antes e um desejo de ser amado desta forma eternamente. “Teu grande amor me abrasa o coração, teu grande amor é minha única certeza. […] ó fome de eternidade! ó alegria! […] Ama-me!”.