O Mini de Alec Issigonis era único. Não só foi o primeiro carro britânico a combinar tração dianteira e motor transversal em uma configuração compacta e de estabilidade fenomenal como mostrava personalidade irresistível, que atraía todo mundo. Entre 1959 e 2000, nada menos que 5,4 milhões dessas máquinas maravilhosas foram fabricadas, e seu design inovador foi cobiçado por concorrentes ao redor do mundo. De longe, o Mini era o carro mais popular da Grã-Bretanha, agradando todo tipo de motorista, de todas as classes sociais e todos os estilos. Sua configuração eficiente permitia o transporte de muito mais do que os seus pouco mais de 3 metros de comprimento prometiam. O Mini servia tanto à família, por sua versatilidade e agilidade no trânsito urbano, quanto ao esporte, como comprovaram os diversos automóveis que foram preparados especialmente para os ralis de Monte Carlo, nos quais se sagraram vitoriosos algumas vezes. Embora a BMC talvez nunca tenha planejado isto, o Mini acabou se tornando o carro do homem comum, de todo homem, uma vez que seu aspecto, ao mesmo tempo enérgico e insolente, agradava todas as camadas sociais – incluindo a realeza, pop stars, atletas e magnatas. Ao longo dos anos, houve pelo menos um Mini em toda família da Grã-Bretanha, e deve haver poucos britânicos que nunca dirigiram um Mini, que nunca desfrutaram de seu desempenho. A história do Mini e sua trajetória são muito complicadas, não só por causa da maneira com que se deu o desenvolvimento de seu design através dos tempos, mas também em razão dos muito derivativos criados a partir do projeto original. Perua, furgão, picape, Moke, os Riley e Wolseley de frente comprida, o Clubman de frente quadrada e inúmeras edições especiais fazem desta uma história que merece e deve ser contada com estilo e atenção.