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Sinopse
Moderno Pós moderno
propõe que a sensibilidade, passeando entre os novos
modos & versões
culturais, se exercite para não enrijecer e perecer.
Mudar o modo de pensar e de sentir
poderia ser o lema desta época cujas fronteiras com a anterior são exploradas neste livro a partir de referências a críticos, cineastas, filósofos, escritores e artistas (brasileiros ou não) e a situações culturais (brasileiras e outras) que marcaram e marcam momentos fortes da dinâmica cultural.
Em seus
Cadernos
, Paul Valéry anotava, na segunda década do século XX [que a primeira edição deste livro, em 1986, descrevia como “agonizante e irresolvido”], que as “ideias modernas” em arte limitam-se a indicar apenas os
começos
, o estado nascente de algo. Nesse seu comentário há um certo tom de desprezo pelo moderno, como se a verdadeira arte estivesse em outro lugar, ao lado ou acima da arte moderna. No moderno há de fato muita pressa e muito descompromisso – como se o objetivo fosse
não chegar
, e rapidamente, ao lugar buscado. Para o moderno parece de fato mais importante apressar o nascimento de um processo do que concluí-lo. Pode-se ver isso em muita arquitetura moderna, cujas obras entram em precoce envelhecimento e são de quase inviável conservação. E, seguindo Valéry, se a ideia do moderno é a de um
eterno começar
, a do pós-moderno seria a do eterno retorno para recomeçar...
Talvez o poeta tenha preferido ignorar, primeiro, que essa é exatamente uma das marcas intencionais de nossa modernidade, velha já de mais de dois séculos, e que é inútil tentar preservar, diante dela, conceitos de um classicismo (gerador de obras que começam, desenvolvem-se e permanecem) cuja sobrevivência se dá apenas, não raro, como referência histórica, museológica. Segundo, que a tensão contínua (e o tesão) entre o estado nascente – e sempre renascente – e o estado de perfeição é a base de toda cultura que se pretenda significativa para seu próprio momento,
este
momento agora, e não apenas para o futuro, quando então seu valor é somente o de algo passado.
Essa tensão torna tudo instável, sem dúvida: o moderno, o pós-moderno, o não-moderno. Instável mas não falso. Ou inútil. Ou todo-poderoso. Diante dessas questões costuma-se oscilar do desconhecimento ao mito e à supervalorização. O que importa, porém, é entender essas figuras em seus diferentes
modos & versões
, não tanto como entidades claramente demarcadas mas como relações entre umas e outras e entre elas e o mundo.
Teixeira Coelho vive em São Paulo onde é professor da Escola de Comunicações e Artes da USP e diretor do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Publicou, entre outros,
Dicionário crítico de política cultural, Guerras culturais
e as ficções
Fliperama sem creme, Niemeyer: um romance,
As fúrias da mente, História natural da ditadura
e
O homem que vive.
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9788573213584 |
---|---|
Pré venda | Não |
Biografia do autor | Teixeira Coelho (São Paulo, 1944-) tornou-se Professor Emérito da Universidade de São Paulo em 2015, possui graduação em Direito (1971) pela Universidade de Guarulhos, mestrado em Ciências da Comunicação (1976) pela ECA-USP, doutorado em Teoria Literária e Literatura Comparada (1981) pela FFLCH-USP e pós-doutorado pela University of Maryland, EUA (2002). |
Peso | 303g |
Autor para link | COELHO TEIXEIRA |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 21 x 14 x 1.5 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 264 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2011 |
Código Interno | 671601 |
Código de barras | 9788573213584 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | COELHO, TEIXEIRA |
Editora | ILUMINURAS |
Sob encomenda | Não |