A obraO Modo de Ser Camponês e a Propriedade da Terra entre Camponeses: A Exclusão Inspirando os Movimentos Sociaistem o objetivo de investigar o modo de ser camponês, os seus ideais, para verificarmos a possibilidade de ser o camponês um perigo físico para o Estado ou um desafio ideológico. Procura demonstrar que a constituição do direito positivo no Brasil expressa claramente um compromisso entre grupos de sustentação das sucessivas composições de poder. Dificilmente o modo como o camponês se vê no processo de desenvolvimento e o modo como ele vê a formação desse mesmo processo de desenvolvimento são levados em conta. Os camponeses são, na verdade, excluídos que representam uma grande parcela em nosso mundo, e os seus ideais, a exemplo da busca de terras e de alimentos, continuam acesos. Embora a maioria dos camponeses não pensem a propriedade da terra, mas sua posse, seu uso, os mais politizados, a exemplo dos trabalhadores-sem-terra vêem a propriedade como um direito de cada cidadão. As sociedades camponesas tradicionais refletem ter a Igreja importante papel no seu cotidiano, juntamente com a instituição Família. O Estado é para o camponês um poder emanado de cima para baixo, das classes sociais mais abastadas, da mesma forma que o rei domina os seus súditos, que podem se insurgir contra ele. O êxodo rural, a reforma agrária e o desenvolvimento sustentável são questões abordadas nesse trabalho com o propósito de se verificar com mais profundidade a questão social no campo. É preciso despertar para um neo-humanismo, em que o homem seja parte fundamental do todo na engrenagem da sociedade. Encontrar um novo modelo de desenvolvimento econômico, com ênfase no desenvolvimento rural e instigar o camponês a ser instrumento vital de conscientização da preservação do meio ambiente, são algumas metas imprescindíveis para se alcançar a ordem baseada na realização humana na qual não haja tantos excluídos.