Num tempo em que a educação assume relevância tanto no discurso político como nas preocupações das famílias, as sucessivas reformas do ensino são um indício claro de uma situação problemática que perpassa por todo o sistema educativo. O abandono escolar precoce e o alto nível de insucesso nas provas de exames nacionais são também sinais reveladores do relativo fracasso das aprendizagens escolares.Ora, essa situação "doentia"exige um estudo sério de diagnóstico de modo a permitir um tratamento ponderado e uma prevenção antecipadora dos efeitos perversos de actuações pontuais e desgarradas.Com esta obra pretende-se contribuir para trazer á luz algumas das condições que subjazem a tal situação.Reflectindo sobre um dos domínios fundamentadoresdas práticas de ensino e da aprendizagem, o autor faz incidir a sua análise sobre as concepções e crenças que os actuais professores transportam e usam na sua acção pedagógica.Que pensam estes agentes educativos acerca do que é ensinar, do que é aprender, motivar,avaliar e acerca do que é a ciência(que ensinam)? Se aquilo que fazemos é,em boa parte,resultado do que pensamos,então deveremos reconhecer que um pensamento inadequado pode conduzir a acções ineficientes e a resultados insatisfatórios.Por isso, o autor dispôs-se a proceder a uma investigação empírica, em que diagnostica as concepções psicopedagógicas e epistemológicas dos professores>Na primeira parte, de natureza mais teórica,além da clarificação temática,pesquisando-se alguns tipos de modelos conceptuais,Tradicionais vs.Construtivistas, com implicações metodológicas no ensino.Nas considerações finais explicitam-se algumas dessas implicações e enunciam-se algumas estratégias orientadoras para o futuro.