Por detrás de um grande homem de Estado como Sebastiao José de Carvalho e Melo nao está uma grande mulher, mas sim várias. Umas unidas por laços de sangue, como a sua mãe Maria Teresa Luiza de Mendonça e Melo, outras por laços afetivos como as suas duas esposas. A primeira, dez anos mais velha que o jovem Sebastiao, foi a viúva Teresa de Mendonça e Almada. O namoro nao foi bem aceite, mas Sebastiao José nao hesitou, raptou a noiva e casou em segredo, escandalizando tudo e todos. Amor ou ambiçao por um casamento com uma mulher de uma classe superior à sua? O casamento foi curto, a mulher morreu de doença enquanto o jovem ascendia na carreira diplomática. Primeiro Londres, depois Viena. Foi aqui que conheceu a sua segunda mulher, companheira de uma vida e mãe dos seus quatro filhos, Maria Leonor Ernestina Daun. Mas Sebastiao José era um homem inteligente, frio, mais dado às suas ambições políticas que às artes do coraçao. Há uma mulher que fica na história como a grande protetora e responsável pela sua ascensao ao poder: a rainha Maria Ana de Áustria que o colocou ao lado de D. Joao V e depois do filho D. José I. Mas também foram as mulheres as responsáveis pela sua queda. O seu confronto com a Marquesa de Távora, D. Leonor, o processo sangrento daquela família e o desafeto de D. Maria I por este homem levaram-no à desgraça. A autora bestseller María Pilar Queralt del Hierro traz-nos a história destas mulheres que, de uma forma ou de outra, estiveram presentes na vida do Marquês de Pombal, o estadista ilustrado que soube fazer com que Lisboa renascesse das cinzas em 1755. Viajamos pela sua escrita através do século XVIII, pelos palácios reais, pelas intrigas da corte, pelos salões onde se reuniam escritores, artistas, políticos unidos pelos ventos do Iluminismo, é aqui neste ambiente que conhecemos Teresa Margarida da Silva ou Leonor de Almeida Lorena, Marquesa de Alorna.