Publicados em 1844, os suplementos ao primeiro volume de O mundo como Vontade e Representação (1819) apresentam não só uma série de desenvolvimentos dos temas principais da obra de Schopenhauer, mas também uma gama de perspectivas que permitem ampliar o alcance deles. Na presente tradução encontram-se os suplementos ao livro segundo de O mundo, que gira em torno da metafísica e a metafísica da natureza do filósofo. A presente tradução dos Complementos (ou “Suplementos”) ao livro “O Mundo como Vontade e Representação”, do filósofo Arthur Schopenhauer (Danzig, 1788-/Frankfurt, 1860), publicados originalmente em 1844, reflete cerca de vinte e cinco anos de estudos da referida obra. Esses suplementos, publicados na segunda edição de sua obra principal (1844), prolongam e aprofundam sua doutrina e, no caso do livro que o leitor tem em mãos, prolongam e aprofundam a noção inicial do “mundo como representação”. O idealismo schopenhaueriano é exposto aqui de modo minucioso: a intuição, os sentidos, o conhecimento abstrato são relacionados ao “uso prático da razão” e a desenvolvimentos agudos sobre o humor e a ironia. O filósofo que descreve a representação submetida ao princípio de razão suficiente é o mesmo que se debruça sobre a visão, a audição e o olfato, e que constata severo que “a quantidade de ruído que um homem pode suportar sem ser incomodado está na razão inversa de sua inteligência”. A filosofia, “ciência do mundo”, é – para Schopenhauer – “a inteligência exata e universal da experiência mesma”. Por isso seu único assunto só pode ser o mundo e todas as suas facetas.