Será correto afirmar que a música modifica a personalidade ou o Q.I. (quociente intelectual) de uma criança, ou, em outras palavras, que ela possa transformar toda uma civilização?É preciso perceber que, desde há menos de duas gerações, e graças aos meios de difusão modernos, a música invade a vida cotidiana do homem, desde a mais tenra infância e em todos os níveis da sociedade. Segundo as neurociências, o pensamento de certos jovens já sofreu uma mutação por conta do desenvolvimento e da vulgarização do audiovisual: ele se desenvolve como o roteiro de um filme de televisão, plano por plano, cena por cena; ele se faz por meio de imagens como no homem primitivo, e tudo isso malgrado a escolarização obrigatória. O que ocorreu com a sensibilidade das pessoas durante essa regressão intelectual, essa substituição da civilização do escrito pela civilização da imagem e do ritmo?Para compreender e explicar a ação da música sobre o homem, voltei a estudar as neurociências e tenter fazer uma síntese das descobertas feitas nos últimos trinta anos, levando em conta certas obras realizadas em ciências humanas. Depois, ao aprofundar meus conhecimentos em musicoterapia, dei-me conta da urgência da situação: milhares ou talvez mesmo milhões de crianças correm o risco de comprometer definitivamente seu futuro por causa de uma 'audição forçada' da 'poluição sonora'. É preciso perceber que, desde há menos de duas gerações, e graças aos meios de difusão modernos, a música invade a vida cotidiana do homem, desde a mais tenra infância e em todos os níveis da sociedade. Segundo as neurociências, o pensamento de certos jovens já sofreu uma mutação por conta do desenvolvimento e da vulgarização do audiovisual: ele se desenvolve como o roteiro no homem primitivo, e tudo isso malgrado a escolarização obrigatória. O que ocorreu com a sensibilidade das pessoas durante essa regressão intelectual, essa substituição da civilização do escrito pela civilização da imagem e do ritmo?Para compreender e explicar a ação da música sobre o homem, voltei a estudar as neurociências e tenter fazer uma síntese das descobertas feitas nos últimos trinta anos, levando em conta certas obras realizadas em ciências humanas. Depois, ao aprofundar meus conhecimentos em musicoterapia, dei-me conta da urgência da situação: milhares ou talvez mesmo milhões de crianças correm o risco de comprometer definitivamente seu futuro por causa de uma 'audição forçada' da 'poluição sonora'.