Depois de mais de dez anos, Carlos Cardoso volta à poesia com Na Pureza do Sacrilégio. O livro chega com a chancela de textos elogiosos de Antonio Cicero e do crítico Silviano Santiago.
“A escrita poética desnuda a pureza pelo sacrilégio para purificá-la ainda mais; desnuda o sacrilégio pela pureza para conspurcá-lo ainda mais”, escreve Santiago, que aproxima Carlos Cardoso a Fernando Pessoa, Octavio Paz e João Cabral de Melo Neto para apresentá-lo ao leitor.
O crítico apoia-se nas teorias do linguista russo Roman Jakobson para apontar o oximoro – aliança de palavras aparentemente contraditórias, que em vez de excluírem-se, complementam-se – como uma das chaves de leitura da obra. “O poema perambula, mas tudo permanece intacto – eis a lição de poesia”, escreve.
Além do prefácio de Silviano Santiago, o livro tem a orelha assinada por Antonio Cicero, que aponta com precisão “uma das grandes qualidades deste livro é que nele se encontram diversos poemas que oferecem ao leitor experiências originais, intensas e verdadeiras”.
O livro também é construído em uma atmosfera em que a poesia e as imagens se comunicam de forma harmônica, composto por vários quadros produzidos pela artista plástica Lena Bergstein inspirados nos poemas.
Sem dúvida, Na Pureza do Sacrilégio, de Carlos Cardoso, é um livro FORTE que apresenta ao leitor muitos motivos para refletir sobre os vários temas escritos ou sobre a vida, que é o tema principal.