É hora de todos os brancos abandonarem a ideia de
superioridade e, de fato, atuarem no combate ao racismo.
Negação, silêncio, raiva, medo, culpa... essas são algumas das
reações mais comuns quando se diz a uma pessoa que agiu,
geralmente sem intenção, de modo racista.
Ser abertamente racista não é algo socialmente aceitável.
Ninguém quer ser visto assim. Mas cada vez que se nega o
racismo, impedimos que ele seja abordado e que nossos preconceitos sejam discutidos.
As reações de negação não servem apenas para silenciar quem sofre o preconceito, também
escondem um sentimento que a autora Robin Diangelo passou a chamar de fragilidade
branca.
Em seus estudos, Diangelo catalogou frases, palavras e sentimentos de voluntários que se
veem sem qualquer preconceito e demonstrou que, no fundo, ele estava lá. Sua proposta é
que todos comecem a ouvir melhor, estabeleçam conversas mais honestas e reajam a críticas
com educação e tentando se colocar no lugar do outro.
Não basta apenas sustentar visões liberais ou condenar os racistas nas redes sociais. A
mudança começa conosco.
A AUTORA: ROBIN DIANGELO é professora universitária, autora e consultora em questões de
justiça racial e social há mais de vinte anos. Não basta não ser racista — Sejamos antirracistas
ocupa as primeiras posições das listas de livros mais vendidos do mundo desde seu
lançamento.